terça-feira, 27 de outubro de 2015

Violência Contra a Mulher




http://www.compromissoeatitude.org.br/wp-content/uploads/2014/04/IPEA_sips_violenciamulheres04042014.pdf

Comecei com um documento baseado em estatísticas, pois assim, procuro justificar os meus pensamentos com dados e não com achismos. O achismo é desestruturado por si mesmo e não há solidez argumentativa. A lógica e a coerência são posicionamentos que acompanham por obrigação toda e qualquer justificativa de discurso espírita. Quem não o faz, sendo espírita, está indo de encontro a uma de suas mais fortes premissas.
Penso que o mesmo deveria ocorrer com as demais religiões. No entanto, infelizmente, algumas insistem ainda no imaginário ou mesmo na realidade fantástica. Assim como faziam os nossos ancestrais primitivos.
É sabido que a redação do ENEM desse ano tratou da questão da violência de gênero. Especificamente sobre a mulher.
Óbvio que poderiam ter discorrido sobre quaisquer outros tipos de violência, mas há de se escolher um universo menor para que a ação de redigir se faça possível.
Mas, pergunto: por que tanta celeuma?
O tema "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira" foi motivo de grande furor virtual. Tanto de defensores quanto de opositores.
Mas por que tanta oposição? Os dados levantados por entidades sérias e comprometidas seriam mentiras?
É importante deixar claro que o objetivo não é tornar o homem um bandido, mas educar o homem de hoje e o homem do amanhã para suas obrigações como cidadão. Bem como a mulher de hoje e a mulher do amanhã para que também tenha seus respectivos compromissos.
Uma família, como dissemos anteriormente, é composta por um grupo que se ama e se cuida mutuamente. Ao meu ver, não há outra forma de pensar em família sem ser pelos laços de amor.
Portanto, construir culturalmente pensamentos que cultuam o respeito mútuo, independente de gênero, raça, cor, credo, orientação ou quaisquer outra forma de simplesmente ser, no sentido de indivíduo, é mais que necessário.
As cores que nos apresentam dia a dia diante de nossos olhos ou, se formos cegos, os sons que se propagam e tomam forma para a nossa localização espacial, por exemplo, são aglomerados de diferentes partes cujo todo formam um conjunto que nos guia. Uma maneira na qual Deus nos coloca como personas inseridas nesse Cosmo e coparticipantes.
Tudo, fazendo um paralelo com o filme Cloud Atlas, está conectado. Assim pensam os filósofos Deleuze e Guattarri na sua teoria rizomática. Em outras palavras, somos todos responsáveis, sem exceção, por tudo que nos cerca. Por nossas alegrias e tristezas, por nosso sucesso e nosso fracasso.
No entanto, é necessário que tenhamos em mente a obrigação de construir um mundo melhor. De plantarmos positividade e pararmos de vitimismo, bem como de pararmos de ser meios de propagação de miasmas. Enfim, somos e vivemos o que pensamos.
A violência nada mais representa que o desequilíbrio da alma, o egoísmo latente, a prepotência e a arrogância. Um pseudo sentimento de superioridade.
A violência grita na denúncia de um ser moralmente atrasado cujos vestígios da primitividade ainda não foram excretados.
É importante que as mães ensinem a seus filhos o cuidado que devem ter com as suas parceiras, a dedicação, o respeito. E as suas filhas, além do mesmo, o acréscimo de amarem-se como seres que são e, jamais como subgênero em uma sociedade que insiste em ainda ter o homem como centro de todas as atenções e direitos.
Quando interrogado sobre a mulher que havia "traído" o marido, Jesus apenas respondeu que aquele que tivesse sem pecados atirasse a primeira pedra.
Hoje, como ontem, sairíamos todos cabisbaixos e em silêncio diante da "pecadora", pois não temos e nunca teremos, nesse mundo de provas e expiações, moral alguma em relação aos possíveis erros de nosso próximo.
Sejamos mais caridosos e mais benevolentes. Baixemos a guarda e não carreguemos bandeiras das quais somos completamente incompetentes de fazê-los.

Que a paz do Senhor Jesus esteja convosco.

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