terça-feira, 22 de setembro de 2015

O Mito de Sísifo


O título da obra acima é: A Punição de Sísifo. Esta obra é de autoria do grande pintor Ticiano.
Abaixo, coloco alguns trechos que considero interessantes na história desse mito:

"Mestre da malícia e da felicidade, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses."
"Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene.
Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânato, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.
Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas.
Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânato e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo.
Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez."
"Sísifo recebeu esta punição: foi condenado a, por toda a eternidade, rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido. Por esse motivo, a expressão "trabalho de Sísifo", em contextos modernos, é empregada para denotar qualquer tarefa que envolva esforços longos, repetitivos e inevitavelmente fadados ao fracasso - algo como um infinito ciclo de esforços que, além de nunca levarem a nada útil ou proveitoso, também são totalmente desprovidos de quaisquer opções de desistência ou recusa em fazê-lo."
Fonte: Wikipedia
Albert Camus via a vida do homem contemporâneo, de acordo com o seu livro "O Mito de Sísifo", como um cadinho monótono e escravizado a religião, como esta é conhecida comumente, e ao modo de produção e trabalho predominante: o capitalismo. Levando o ser humano a um trabalho sem sentido, sem alegria, sem prazer.

Através do mito de Sísifo observamos o retrabalho, a perda de energia em cima de situações que apenas nos causam desgaste. Ou de situações que, por "cegueira", ignorância, prepotência e outras formas-pensamento nos levam a um entrave ou insistência em cima daquilo que consideramos como nossos objetivos de vida.

Objetivos devemos ter, pois sem eles não conseguimos realizações.
Otimismo sempre, no sentido de acreditar que conseguir melhorias é um direito, também é um ponto importante no que se refere ao bom viver. Mas há situações que por mais que lutemos, nunca conseguiremos alcançar. Então a frustração nos leva ao sofrimento. Sofrimento gerado por nós pela incapacidade de enxergar adiante e fora de nosso ponto de vista.

Voltando ao ponto de vista do Espiritismo, é importante desenvolvermos a humildade para compreendermos que a Espiritualidade Superior muitas vezes nos livra de situações que poderiam se tornar insuportáveis ou mesmo nos levar a enfatizar e ratificar chagas morais que possuímos.

Poderia você perguntar: - E o nosso livre arbítrio?

O nosso livre arbítrio consiste em desenvolvermos e pedirmos sabedoria para distinguir o bem do mal, dentro das nossas escolhas. Bem como aceitarmos as decisões das quais não temos condições de compreender a profundidade das consequências que poderiam nos afetar.

Boa tarde a todos e que a paz do Senhor vos acompanhe.


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